" É com satisfação que expressamos o texto e as idéias a seguir. "
Numa época de transformação política e econômica no japão nasceu Jigoro Kano ( 28-10-1860), em Mikage, que por sinal, é uma das áreas mais agradáveis da região.
Jigoro Kano tinha descendência e linhagem de burgueses e seus ancestrais eram sacerdotes xintoístas, mestres budistas e intelectuais confucionistas. Filho de pais ricos grandes produtores de saquê, Jigoro Kano cresceu na mansão da família com seus irmãos e irmãs. Desde cedo sua educação foi árdua e bem temperada, seus pais não toleravam comportamentos impróprios e seu pai (Mareshiba), instruiu, diciplinou e orientou o caçula também na caligrafia e literatura chinesa.
Com a morte da sua mãe (Sadako), Mareshiba resolve se mudar para tóquio onde matricula Kano em escola particular de educação clássica e caligrafia a pincel.
Pouco tempo depois Kano estuda também o inglês. No dormitório da escola, alunos mais velhos e invejosos o trotavam e foi aí que ouviu falar do jujutso.
Com a escassez e decadência das artes marciais clássicas naquela época Kano persistiu e localizou um bom instrutor do novo estilo de jujutsu que enfatizava atemi ( pontos fracos anatômicos ) e técnicas de agarramento.
Kano praticara jujutso e bojutso (luta com bastão), era um aluno vigoroso e intensamente focado, estudou tb greco-romana, boxe, se tornou um mestre em vários kata e adquiriu grande experiência em randori. Ingressou no Kito-Ryu e focou-se no nage-waza (técnicas de arremesso) e estava muito contente, aprimorando o senso de tempo das técnicas.
Mudando-se para Eisho-ji, um pequeno templo budista, com 22 anos ele fundou a Kodokan (Instituto para o Estudo do Caminho), apaixonado pelo jujutsu, acreditava que o mesmo poderia ser adaptado aos tempos modernos. Tornar-se uma diciplina da mente e do corpo, que promovesse a sabedoria e a vida virtuosa e ser um veículo de abrangência da sociedade como um todo. Para ele seria o mais eficiente uso da energia.
Jigoro Kano tornara-se educador profissional e abriu escola de inglês, anexo ao galpão ele usou como dojo e sempre ensinava quando chegava alguém para treinar. Certo dia Kano percebeu qual era a chave do judô - " Se meu parceiro puxa eu empurro; se ele empurra eu puxo".
Conseguiu aumentar o dojo e aos poucos criou um sistema de graduação de dois níveis: Kiu (básico) e Dan (avançado).
Quando se olha para esses primeiros tempos de Kodokan, pode-se ver que a ênfase primária estava nos arremessos e que as técnicas mais perigosas foram sendo gradualmente eliminadas do randori.
Criado o Judô, em 1889 Mestre Kano tinha mais de 1500 alunos em tempo integral e diversas filiais da Kodokan em diferente partes de Tóquio. O Judô Kodokan estava caminhando para assumir uma posição proeminente no mundo das artes marciais do Japão moderno.
Shiro Saigo e Tomita eram os mais antigos discípulos de Jigoro Kano, deixando-os assim a tomar conta da Kodokan, ele saiu para viajar pela Europa e percebeu que europeus e japoneses eram capazes de se associar em termos amigáveis. Retornou ao Japão e soube que Saigo tinha se envolvido com brigas e expulsou-o da Kodokan, tempos depois com a morte de Saigo na distante Nagasaki, Kano concede o título de 6º DAN de Judô Kodokan para o antigo aluno.
Em 1895, a primeira versão do gokyo no waza, os cinco grupos de instrução, foi oficialmente introduzida na Kodokan. Kano também daria palestras sobre os Três Elementos do Judô:
Judô como educação física > fortalecimento do corpo como um todo, saúde e utilidade, usando o princípio da máxima eficiência no uso da potência.
Judô como esporte > Randori: o elemento esportivo do sistema judoísta. Proibição dos movimentos letais, empreendimento da boa técnica, da máxima eficiência no uso da energia, teste de progresso na arte, percepção de erros e qualidades contra outros praticantes. Mas mesmo sendo importante não era tão enfatizado pelo mestre o sistema competitivo.
Judô como treinamento ético > Aplicação do jita kyoei "ajuda e cooperação mútuas". Diligência, flexibilidade, boas maneiras, confiança, decisão e foco.
Com o judô sendo lançado nos EUA e na Europa , em 1906 o Judogui foi padronizado da forma que conhecemos hoje e a assembléia japonesa promulgou uma lei que OBRIGAVA o aprendizado de judô para todos os estudantes do ensino médio.
Obviamente Kano era a favor dos torneios abertos internacionais, mas não queria ver país contra país brigando pela superioridade racial. ( O judô ficou fora das Olimpíadas até 1964, bem depois da morte de Kano, e é seguro dizer que o judô nelas exibido tem pouco em comum com os ideais originais do judô Kodokan.
Kano foi uma máquina de ensinar e viajar de 1910 a 1920. Deve ter visitado mais países estrangeiros do que qualquer outro japonês de sua geração e atuoi de fato como ministro de relações exteriores do seu país por 40 longos anos.
Kano amava a vida, entusiástico calígrafo, gostava de assuntos nacionais e internacionais.
O judô Kodokan é o judô essência que devemos seguir e aprimorá-lo cada vez mais em nossas vidas e usá-lo no nosso cotidiano filosófico e doutrineiro.
" Nada sob o céu é mais importante que a educação; Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influenciar uma multidão; Aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitido a outras cem " J i g o r o K a n o
Mudando-se para Eisho-ji, um pequeno templo budista, com 22 anos ele fundou a Kodokan (Instituto para o Estudo do Caminho), apaixonado pelo jujutsu, acreditava que o mesmo poderia ser adaptado aos tempos modernos. Tornar-se uma diciplina da mente e do corpo, que promovesse a sabedoria e a vida virtuosa e ser um veículo de abrangência da sociedade como um todo. Para ele seria o mais eficiente uso da energia.
Jigoro Kano tornara-se educador profissional e abriu escola de inglês, anexo ao galpão ele usou como dojo e sempre ensinava quando chegava alguém para treinar. Certo dia Kano percebeu qual era a chave do judô - " Se meu parceiro puxa eu empurro; se ele empurra eu puxo".
Conseguiu aumentar o dojo e aos poucos criou um sistema de graduação de dois níveis: Kiu (básico) e Dan (avançado).
Quando se olha para esses primeiros tempos de Kodokan, pode-se ver que a ênfase primária estava nos arremessos e que as técnicas mais perigosas foram sendo gradualmente eliminadas do randori.
Criado o Judô, em 1889 Mestre Kano tinha mais de 1500 alunos em tempo integral e diversas filiais da Kodokan em diferente partes de Tóquio. O Judô Kodokan estava caminhando para assumir uma posição proeminente no mundo das artes marciais do Japão moderno.
Shiro Saigo e Tomita eram os mais antigos discípulos de Jigoro Kano, deixando-os assim a tomar conta da Kodokan, ele saiu para viajar pela Europa e percebeu que europeus e japoneses eram capazes de se associar em termos amigáveis. Retornou ao Japão e soube que Saigo tinha se envolvido com brigas e expulsou-o da Kodokan, tempos depois com a morte de Saigo na distante Nagasaki, Kano concede o título de 6º DAN de Judô Kodokan para o antigo aluno.
Em 1895, a primeira versão do gokyo no waza, os cinco grupos de instrução, foi oficialmente introduzida na Kodokan. Kano também daria palestras sobre os Três Elementos do Judô:
Judô como educação física > fortalecimento do corpo como um todo, saúde e utilidade, usando o princípio da máxima eficiência no uso da potência.
Judô como esporte > Randori: o elemento esportivo do sistema judoísta. Proibição dos movimentos letais, empreendimento da boa técnica, da máxima eficiência no uso da energia, teste de progresso na arte, percepção de erros e qualidades contra outros praticantes. Mas mesmo sendo importante não era tão enfatizado pelo mestre o sistema competitivo.
Judô como treinamento ético > Aplicação do jita kyoei "ajuda e cooperação mútuas". Diligência, flexibilidade, boas maneiras, confiança, decisão e foco.
Com o judô sendo lançado nos EUA e na Europa , em 1906 o Judogui foi padronizado da forma que conhecemos hoje e a assembléia japonesa promulgou uma lei que OBRIGAVA o aprendizado de judô para todos os estudantes do ensino médio.
Obviamente Kano era a favor dos torneios abertos internacionais, mas não queria ver país contra país brigando pela superioridade racial. ( O judô ficou fora das Olimpíadas até 1964, bem depois da morte de Kano, e é seguro dizer que o judô nelas exibido tem pouco em comum com os ideais originais do judô Kodokan.
Kano foi uma máquina de ensinar e viajar de 1910 a 1920. Deve ter visitado mais países estrangeiros do que qualquer outro japonês de sua geração e atuoi de fato como ministro de relações exteriores do seu país por 40 longos anos.
Kano amava a vida, entusiástico calígrafo, gostava de assuntos nacionais e internacionais.
O judô Kodokan é o judô essência que devemos seguir e aprimorá-lo cada vez mais em nossas vidas e usá-lo no nosso cotidiano filosófico e doutrineiro.
" Nada sob o céu é mais importante que a educação; Os ensinamentos de uma pessoa virtuosa podem influenciar uma multidão; Aquilo que foi bem aprendido por uma geração pode ser transmitido a outras cem " J i g o r o K a n o
